Quizera dormir sono de criança
em teu colo macio, e ao acordar,
poder contemplar tua formosura.
Tão suave e pura como uma manhã
primaveril.
Sentir o teu perfume de suave fragrância,
como o das rosas ou dos lirios do campo,
mesmo sendo abril.
Sentir arrepios ao roçar de teus cabelos
longos, leves, brilhantes, faiscando amarelados
ao sol como fios de ouro mil.
Quizera ver-te banhar teu corpo doirado
nas águas do limpido riacho, tendo
como música de fundo o cantar
de pássaros fagueiros,
cúmplices testemunhos da tua
belíssima nudez juvenil.
Enxugar teu corpo, e em troca receber
de teus lábios de mel um punhado
de beijos, a gratificar-me por esse
ato sutil.
Sentir-me como um Deus-Homem,
O Senhor todo poderoso e dono do
universo de teu corpo, e saciado,
ainda extasiado, poder comtemplar
teu perfil.