segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Ironía

É madrugada, quase dia,
um olhar descontente,
outra garrafa vazia,
um vazio na mente.


Resolve ir embora,
pega o ultimo torrêsmo,
no balcão se escora,
pega o trôco e sai a êsmo.

Um carro lhe passa bem rente,
um palavrão lhe escapa forte,
seu bafo fede a aguardente,
seu estado cheira a má sorte.

De valente perdeu a fama,
das mulheres perdeu o amor,
um canto lhe serve de cama,
um jornal é seu cobertor.

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