sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Cinzas do Presente

Que olhos chorosos
não chorem aqui.
Evite derramar pranto
ou vá derramá-lo longe
no seco serrado.

Porque aqui alguém
junta seu pranto
com pá-de-cimento
e concretiza sonhos
ávidos de ganância.

Deixe que somente os
mesquinhos, com suas
lágrimas vermelhas,
misturadas com pó
cinzento, construam
cemitérios-monumentos
e nele enterrem
os seus mortos.

Que saudade da
cidade-criança com
seu verde esperança
que ficou na lembrança.

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