Vejo uma cigana pedinte
e uma criança semi-nua e descalça,
seu vestir não apresenta requinte
e as jóias que ostenta são falsas.
Não dança,não tem castanhola,
falta-lhe a elegância no porte
no falar sotaque de Espanhola
e nem sabe ler a sorte.
Não se aproxima dizendo "Ganjão"
não tem dentes de ouro puro,
não lê a sorte na mão
sobre passado,presente e futuro.
Nem se preocupa com futuro,
desconhece a própria sorte,
prefere viver sem dar duro
se o destino é sempre a morte.
Ela me estende a mão
exibindo a criança suja,
pede um trocado pro pão...
dou a moeda pra dita cuja.
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